quinta-feira, 10 de maio de 2018

Sentença: oito anos de prisão para Bruno e Dionatan


Sexta-feira, 11 de maio de 2018
Hoje recuperado, Esmeraldo disse que esperava uma pena maior
Quase cinco anos depois de receber a denúncia apurada pela Polícia Civil e apresentada pelo Ministério Público, a justiça anunciou a sentença dos dois agressores do funcionário Público Esmeraldo Moreira Madruga, hoje com 57 anos, que na noite de 12 de abril de 2013, no bairro Padre Reinaldo, foi espancado e torturado por Bruno Bueno de Oliveira e Dionatan Ávila de Lima para que confessasse onde estava guardada a quantia de R$ 1.100,00, informação que foi obtida com o uso de facas e uma barra de ferro.

Esmeraldo teve o rosto parcialmente desfigurado, mas a cicatriz maior daquela noite ao ter a casa arrombada pela dupla quando ele se encontrava com o filho Cristian Ramon da Silva Madruga, na época com 13 anos, por muito tempo foi de medo, já que considera e sentiu na pele o quanto seus dois algozes são extremamente violentos.

Baseado nas provas contidas nos autos, o juiz Mauro Peil Martins sentenciou os acusados a oito anos de prisão em regime inicialmente fechado, por assalto à mão armada, e ao pagamento de R$ 800,00 de multa, valor que não foi recuperado na época já que R$ 300,00 foram devolvidos.

Em depoimento durante o inquérito e ainda enquanto o processo, o filho que também foi agredido, foi o responsável por reconhecer os agressores mesmo que estes tenham tentado esconder o rosto. Dionatan era vizinho de Esmeraldo e Bruno genro, pois namorava uma filha da vítima, e ambos costumavam conviver, inclusive jogar futebol com  Cristian ,o suficiente reconhecer e afirmar serem eles os assaltantes.

“Eram 3h da madrugada quando, após arrombarem a porta, eles levaram meu pai para o quarto e começaram a efetuar as agressões, sendo que um dos meliantes me bateu com um ferro na cabeça. Fiquei inconsciente por um tempo e  ao acordar fui até o quarto onde os dois estavam  efetuando as agressões, até que acharam a carteira com o dinheiro e foram embora”, relatou Cristian em juízo.

Conversamos com Esmeraldo e ele afirma que o hoje o medo já passou, mas que as sequelas daquela noite perduraram por muito tempo.

“Após o assalto nós, eu e meu filho, não conseguíamos dormir, então revezamos: enquanto um descansava por duas ou três horas, o outro cuidava a porta e o movimento”, relembra.

Ao saber a sentença dada a Dionatan e Bruno, ele lamenta dois pontos:

“Eles vão recorrer em liberdade e pelo que fizeram com a gente mereciam bem mais que os oito anos”.

Os condenados tem grande possibilidade devem permanecerem livres para recorrem à segunda instância, ou seja, ao Tribunal de Justiça, situado em Porto Alegre, que poderá confirmar ou não  sentença de primeiro grau.

Nael Rosa
Contato: 53-84586380
Naelrosa@nativafmpiratini.com


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