sábado, 10 de fevereiro de 2018

Seca: decreto de emergência está sendo preparado


Sábado- 10 de fevereiro de 2018
Foto: ASCAR/ EMATER-Estiagem castiga os cinco distritos de Piratini
Até última sexta-feira, dia,09, no que diz respeito a ocorrências de chuvas, fevereiro era completamente seco, e certamente, ela que finalmente caiu, talvez não tenha nem mesmo amenizado a grave situação que atravessa o município de Piratini ao enfrentar a estiagem que já levou seis cidades, algumas delas da região, a decretar situação de emergência.

Falta água até mesmo para beber, tanto que, o caminhão pipa da prefeitura da cidade não dá conta de abastecer semanalmente os reservatórios situados ao longo de cinco distritos que formam os mais de sete mil quilômetros de área rural. Nos últimos 45 dias está se utilizando a capacidade total do veículo, pois segundo a prefeitura, 40% das cacimbas estão secas ou em via de esgotamento.

Conforme o relatório da ASCAR/EMATER apresentado na tarde de sexta-feira, na Câmara de Vereadores, a soja, principal impulsionador da economia local já está com perda de 30%, o que fará com que os produtores tenham dificuldades em honrar os compromissos firmados junto às instituições bancárias. Nas lavouras de milho a perda é bem maior: 50% da produção.

O cultivo de fumo, feijão, hortaliças, melancia, abóbora e morango, também apresentam prejuízos diante da ausência da média histórica de chuvas que em novembro, dezembro e janeiro é de 125, 9 milímetros. Para ter uma ideia da gravidade, em novembro de 2017, choveu 52 milímetros, dezembro 39,9 milímetros e,  em janeiro deste ano, 44, 5.

Outros seguimentos bastante afetados são a pecuária de corte, leiteira e de ovinos. A falta das chuvas prejudica o desenvolvimento do campo nativo e pastagens cultivadas, refletindo a redução do ganho de peso, queda na fertilidade do rebanho e redução no volume e qualidade do leite e, tendo em vista a proximidade das estações frias projeta-se, também um agravamento dos prejuízos na atividade pecuária para o restante dos meses do ano.
Posição da prefeitura
Os números e índices apresentados acima são resultado de um trabalho de campo requisitado pelo prefeito Vitor Ivan Rodrigues, à ASCAR/EMATER e ainda à Secretaria Municipal de Agricultura.

Vitor que sofreu críticas por não ter dado inicio antes às ações para decretação do estado de emergência, se defende dizendo que estranhou a não manifestação de criadores e agricultores antes, pois são essas ações junto aos órgãos competentes que fornecem subsídios para providências imediatas.
- A partir da entrega dos indicadores para subsidiar a decretação, estamos preparando o decreto de situação de emergência que infelizmente é burocrático até ter a resposta do Governo Federal, após passar inclusive pela Defesa Civil Estadual – explicou o prefeito que lamenta ser esse um processo burocrático que deverá levar em torno de 20 dias para obter uma resposta da União.

- Não é tão simples assim. Precisávamos dos impactos, números e percentuais de perda e financeiros. Existe uma grande responsabilidade dessa administração que não vai criar dados ou inventar procedimentos para acelerar o processo. Os comentários de morosidade são porque falta entendimento das pessoas que emitem falácias- respondeu Rodrigues – conclui.
Nael Rosa- 
Contato: 53-84586380

Naelrosa@nativafmpiratini.com

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