quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Gás sobe e empresário revela que vai votar em branco

Quarta-feira- 06 de dezembro de 2017
Kérlon diz estar cansado da carga tributária e da corrupção
O novo aumento do gás de cozinha, botijão de 13 quilos, desta vez de 8,95%, o terceiro reajuste em quarenta dias, reavivou um desejo que o empresário Kérlon Farias, 38 anos, sócio – proprietário de três postos de gasolina, sendo dois em Piratini e que também revendem o produto tem em mente há algum tempo.
- Se eu pudesse vendia tudo e ia embora do Brasil, e nem seria para muito longe, Uruguai, talvez- desabafou Farias cansado da carga tributária imposta pelo governo que gira em torno de mais de 50% para produtos liquefeitos do petróleo.

Ele admite que para fazer concorrência com outras empresas, não repassou os dois aumentos anteriores, mas dessa vez a margem foi ampla demais e o impediu de não elevar o preço que agora está R$ 60,00, o cliente buscando na revendedora, e R$ 65,00 o consumidor requisitando pela tele entrega.

Uma das empresas da família tem 45 anos e é herança do pai Gilbrail, e destes, revende gás de cozinha há 38 anos.  Farias está administrando junto com a irmã Karina há 20 anos o patrimônio herdado e conta que hoje o produto que alimenta os fogões do gênero dá mais lucro que no passado e, tanto na gestão do pai como na sua e de sua irmã, esses aumentos seguidos não eram normais.
- Na verdade antigamente era muito diferente trabalhar com gás porque os governos taxavam limites de valores. Ganhávamos pouco e existiam poucas revendas do produto. Hoje o gás dá mais lucro do que no passado mesmo com todos esses aumentos – revela.

Mas o consumidor é quem sofre e, ao se colocar no lugar dele que é na maioria das vezes assalariado ou até desempregado, Farias opina sobre o peso que elevações de produtos essenciais têm no orçamento familiar. Ele disse que nunca fez essa conta, mas numa família padrão no Brasil que é de quatro pessoas e que deve consumir em média quase dois botijões por mês, em sua visão isso gera um impacto que pode chegar a 30%da renda líquida do trabalhador.

Questionado sobre o futuro de um país mergulhado na corrupção, ele usou apenas uma frase: “Incerto”
Ampliando, falou que o povo brasileiro está tonto, pois são tantos escândalos que realmente o já não sabe o que fazer, para onde ir, pois se sente com pouco poder, torcendo que o amanhã seja um dia melhor, aí vem o dia seguinte e fica cada vez pior. Decepcionado, ele revela:
- Eu particularmente fui uma pessoa que nunca admiti anular ou votar em branco, já que até então tinha em mente que o cidadão tem que ser representado por alguém, mas confesso que o meu voto não vai ser dado para nenhum candidato na próxima eleição.  Essa tem que ser a mentalidade do povo para protestar- encerra.
Nael Rosa- redator responsável
Contato: 53-84586380
email:naelrosa@nativafmpiratini.com

0 comentários:

Postar um comentário

Deixe sua opinião! Pois a mesma é de extrema importância para nós!