terça-feira, 11 de agosto de 2015

Mormo cancela desfile na capital farroupilha

Terça-feira-11 de agosto
Negativa de Mormo deve integrar a GTA
O desfile de cavalarianos da capital farroupilha, um dos mais atrativos do Estado devido ao papel da cidade nos feitos farrapos, este ano não será realizado.
Foi o que definiram os representantes de 11 piquetes participantes de uma audiência pública realizada na noite da segunda-feira, 10, na Câmara de Vereadores.

O motivo central da decisão são os perigos em torno da bactéria Burkholderia Mallei, que ganhou o nome popular de Mormo. Ela acomete os equinos que, uma vez doentes devem ser sacrificados e até cremados para impedir a disseminação.

Sem laboratórios aptos a realizarem o exame no Rio Grande do Sul, teste que este ano a Secretaria Estadual de Agricultura determina que faça parte da Guia de Trânsito Animal (GTA), documento que deve ser portado pelo cavalariano em eventos de aglomeração, os proprietários de animais se viram sem saída dado ao pouco tempo e o alto custo para a realização do exame hoje feito em um laboratório do Paraná.

Pesou também a realidade de que além do cavalariano que for flagrado em uma barreira sanitária sem a negativa de Mormo, o promotor do evento será multado pela desobediência.

Na reunião ficou decidido que em breve os piquetes irão novamente se reunir para debater a possibilidade de a data em que o gaúcho comemora seus costumes de forma mais veemente não passe totalmente em branco. Um desfile sem a presença de cavalos e com alegorias foi uma das sugestões ouvidas na audiência requisitada pelo vereador Sérgio Castro (PDT) e onde autoridades da área sanitária animal explanaram sobre a doença.


O Mormo é uma zoonose transmitida por secreção nasal, saliva, urina e fezes. Atinge a corrente sanguínea e dissemina para outros órgãos. Pode ser contraída por outros animais como cães, gatos, alguns ruminantes e até pelo ser humano, podendo levar à morte. Tratadores, veterinários e trabalhadores de laboratórios estão mais sujeitos à contaminação. Não existe um tratamento eficaz

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