terça-feira, 14 de abril de 2015

Vilso decreta situação de emergência devido a seca

Terça-feira- 14 de abril
Engenheiro disse que a maior perda é na cultura soja
Mesmo sem um balanço das perdas cultura por cultura que é fornecido pela EMATER, o prefeito Vilso Agnelo (PSDB) decidiu decretar Situação de Emergência assim como já fizeram outros sete municípios da zona sul devido à estiagem prolongada.

No decreto, Agnelo argumenta que a falta de chuva, principalmente nos três primeiros meses de 2015 ocasionaram problemas na recuperação do volume dos açudes que abastecem as áreas rurais, afetando a agricultura, a pecuária leiteira e de corte e a população dos assentamentos da reforma agrária.

A justificativa do prefeito não está em total acordo com a posição da EMATER.
À nossa reportagem o engenheiro agrônomo Hélio Arlindo Aurélio, que ocupa a chefia de escritório do órgão, disse que a pecuária de corte não foi afetada, mas, a queda na produção leiteira está na casa dos 20%.

Segundo Aurélio, a perda mais significativa se levado em conta a área plantada é na soja.
- São 30 mil hectares de soja plantados e, devido a pouca chuva a perda já é de 10%, o que é considerável em termos econômicos – avaliou.

O engenheiro lembrou que a situação nos cinco distritos é complicada, mas não se pode levar em conta a pouca chuva no perímetro urbano.
- Há exemplos de lavouras extensas onde na metade delas choveu 50 milímetros e na outra metade nem uma gota, ou seja, poderia ser pior, mas, foram chuvas esparsas, irregulares, mas caíram na zona rural, o que não ocorreu na cidade - explica o engenheiro agrônomo.

Quanto ao milho, cultura onde a região registra enormes perdas, Aurélio disse que não é o caso de Piratini já que os grandes produtores migraram para a produção de soja, restando pequenas plantações que tem um impacto muito pequeno na arrecadação do município.

Segundo os medidores da empresa Westerman LTDA, que planta e armazena soja, no comparativo com os primeiros três meses de 2014 a situação é extremamente preocupante.

Em janeiro do ano passado foi registrado 275,7 milímetros de chuva, já este ano, 200, 9.
Em fevereiro a situação começou a piorar. Em 2014 o registro foi de 206,7 milímetros e no mesmo mês este ano, apenas 43,7. Finalmente março: 114,9 em 2014 contra apenas 46,8 em 2015.






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