segunda-feira, 16 de março de 2015

Pelotas abastece região com venda de abortivo

Segunda-feira-16 de março
Pop Center abriga os vendedores ambulantes e abortivo é comercializado
Se há mais de duas décadas o Cytotec que, até então era facilmente comprado no balcão da farmácia teve sua fabricação proibida no Brasil, quem e como o mercado negro do medicamento que pode ser mortal é mantido?

Para tentar responder a pergunta, o Blog Eu Falei fez um trabalho investigativo indo à busca de quem é apontado por quem já usou os comprimidos.

Em 13 de fevereiro, nossa reportagem foi ao centro comercial que hoje abriga os então comerciantes do antigo camelódromo, onde nos fizemos passar por um cliente interessado em adquirir.

Ao ter contato na primeira banca sobre o assunto, o alerta: - toma cuidado. Aqui dificilmente tu vai achar quem admita que tenha porque já andou dando muita zebra com a polícia –

 Duas novas tentativas sem sucesso depois, encontramos um jovem que rapidamente diante da pergunta afirma: eu te consigo –

Durante a conversa que não dura mais que dois minutos, ele pede que aguardemos e se desloca até outra banca no mesmo corredor.

Cerca de três minutos depois, retorna e pede um pouco mais de paciência, pois, quem armazena os comprimidos é um colega. Este chega rapidamente e logo questiona de quanto tempo é a gestação. Cinco meses, respondo e amplio:  -será que é muito perigoso? –

Se mostrando um tanto preocupado, ele responde que o ideal é até o quarto mês de gestação, mas, que tem uma amiga que, mesmo no quinto mês de gravidez, conseguiu abortar.

- Ela tomou quatro comprimidos que é o que indicamos. Não adiantou já que não saiu tudo então, tomou mais dois e conseguiu, mas, foi parar no hospital –

Informo que vou arriscar, ele apresenta seu preço: R$ 50.00 cada drágea, e acertamos a entrega para meia hora depois. Obviamente não retorno para concretizar o negócio-

Em contato com outro comerciante em Piratini que afirma ser muito procurado para a compra do produto, descubro que o medicamento é trazido de países de fronteira, como Paraguai e Uruguai, onde é facilmente comprado sem nenhuma exigência.

                        Delegado desconhecia a venda e promete investigar

Ao ser informado da continuidade do crime mesmo com o fim do camelódromo, o delegado Sandro Bandeira, que responde pela 1ª Delegacia de Pelotas responsável pela área onde está situado o centro comercial, se mostrou de certa forma surpreso com a denúncia levada até ele pelo Eu Falei.

Segundo Bandeira, com a extinção do camelódromo a informação é que a venda havia cessado.
-Ultimamente não tem chegado denúncias com relação ao CYtotec até nós. Já combatemos esse delito várias vezes quando as informações chegavam na delegacia, mas, essa é a grande dificuldade, pois, quem pratica o aborto sabe que está cometendo um crime, portanto, dificilmente vai procurar a polícia – explica.

Ele prometeu que, diante dos novos fatos, retomará as investigações com o objetivo de flagrar a comercialização. 



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