quarta-feira, 25 de março de 2015

Futuros policiais esperam pela resposta do Estado

Quarta-feira-25 de março
Juliano e Gabriel aguardam ansiosos o chamado para fazer o curso de soldado
Somente este ano sete integrantes do efetivo da Brigada Militar em Piratini migrarão para a reserva. Isso significa que a situação vista com extrema preocupação já que a BM conta apenas com 20 policiais ficará ainda mais grave.

Gabriel Bueno Ferreira, 21 anos e Juliano Farias Dias, 22, sabem que a presença deles no quadro após a conclusão do curso de soldado nem mesmo ameniza o problema local, mas significa a conclusão de uma etapa dentro do planejamento da vida profissional.

Eles estão entre os mais de mil que em 2014 finalizaram com êxito as demais etapas exigidas para trilhar a carreira de policial militar no Rio Grande do Sul e, após passarem na prova teórica, exame físico, psicotécnico e exame médico, frustraram-se ao ouvir do governador José Ivo Sartóri que a Segurança Pública estava entre às áreas atingidas pelos cortes para o ajuste das contas do Estado.

Entre as decisões de Sartóri está a de não promover novas turmas na Brigada, o que de imediato acarretou prejuízos para quem passou no concurso.
- Somente com exame médico que tem validade de apenas seis meses, gastamos R$ 2.500,00 – explica Juliano que faz faculdade de enfermagem já visando o curso de oficial da corporação, pois, ambiciona ser capitão.

É o que também quer Gabriel, mas, no caso dele, a indecisão e até mesmo a falta de perspectiva por parte do governo o deixa na dúvida se dá continuidade aos estudos.
- Quero cursar a faculdade de Direito, mas, se eu começo e aí nos chamam para fazer o curso perco o semestre. Gostaria que ao menos ele, Sartóri, viesse a público e nos passasse um cronograma, mas, até agora nada- reclama Gabriel que participou da manifestação dos futuros policiais ocorrida na segunda-feira, 23, em Porto Alegre.

- Tem muita gente que, ao passar no concurso pediu demissão da função que exercia na certeza de ingressar este mês no curso. Muitos deles são pais e agora estão desempregados – encerra.

A validade do decreto pelo Palácio Piratini é de seis meses, o que coincide com o prazo final para que o governador finalmente autorize as novas turmas sem prejuízo para quem as integra.

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