Quinta-feira- 26 de fevereiro
Filas e até mesmo garrafas e galões para garantir um pouco de gasolina |
A
situação ocasionada pelos protestos de caminhoneiros também pelas estradas do
Rio Grande do Sul, e que inclusive deixou os postos de gasolina de Piratini
desabastecidos, foi amenizada nessa quinta-feira com a chegada de nove mil
litros de gasolina em um posto localizado na Rua Borges de Medeiros, o que
ocasionou novamente uma enorme fila onde inclusive, garrafas e pequenos galões
plásticos foram usados para garantir ao menos uma pequena quantidade do
produto.
Mas,
para que o combustível que foi colhido em Esteio chegasse à cidade, foi preciso
que o motorista do caminhão pegasse atalhos por estradas de chão batido em
quatro cidades: Camaquã, São Lourenço e Cristal, concluindo seu percurso pela
ERS 265 que liga Canguçu a Piratini.
Segundo
o empresário Alexandre Borges, proprietário da abastecedora, ao chegar a
Pelotas, na BR 116, o maior dos entraves. Caminhoneiros impediram a passagem do
veículo, o que só foi resolvido devido à intervenção de agentes da Polícia
Federal que fortemente armados abriram caminho.
-
Foi difícil chegar aqui. Não sei se conseguiremos outro carregamento e o que
foi trazido acredito que não seja suficiente para um dia – disse Borges,
contando ainda que ameaças foram feitas ao motorista.
A
empresária Karina Farias, que atua no ramo, disse que em um dos postos da família há uma reserva de
gasolina que pode ser considerada insignificante, apenas 200 litros, para a
frota da prefeitura e para a viatura da Brigada Militar e, com a mesma
finalidade, 1.500 litros de óleo diesel, o que diante da volta às aulas que
ocorrerá na próxima segunda-feira, pouco resolve.
No
outro posto da mesma empresa localizado na Maurício Cardoso, além da gasolina,
o diesel também já terminou.
No
setor supermercadista, já é possível sentir o problema. Segundo a empresária
Márcia Weege, ontem, quarta-feira, não havia frutas. O estoque do supermercado
foi reabastecido nessa manhã.
-
Há uma grande disputa pelos alimentos na CEASA em Pelotas. Todos correm para garantir
os produtos – relata.
Pela
expectativa e experiência da empresária, se os protestos continuarem por mais
cinco dias alguns alimentos começarão a faltar.
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Farinha, ovos, leite e tomate fazem parte desta lista – alerta.
E
os preços já começaram a subir. O quilo do tomate saltou de R$ 3.15 o quilo pra
R$ 3.95. O ovo em sua versão solta, já está R$ 5.40 a dúzia e o embalado, R$
6.30.
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