quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Gasolina: mais nove mil litros devem terminar hoje

Quinta-feira- 26 de fevereiro
Filas e até mesmo garrafas e galões para garantir um pouco de gasolina
A situação ocasionada pelos protestos de caminhoneiros também pelas estradas do Rio Grande do Sul, e que inclusive deixou os postos de gasolina de Piratini desabastecidos, foi amenizada nessa quinta-feira com a chegada de nove mil litros de gasolina em um posto localizado na Rua Borges de Medeiros, o que ocasionou novamente uma enorme fila onde inclusive, garrafas e pequenos galões plásticos foram usados para garantir ao menos uma pequena quantidade do produto.

Mas, para que o combustível que foi colhido em Esteio chegasse à cidade, foi preciso que o motorista do caminhão pegasse atalhos por estradas de chão batido em quatro cidades: Camaquã, São Lourenço e Cristal, concluindo seu percurso pela ERS 265 que liga Canguçu a Piratini.

Segundo o empresário Alexandre Borges, proprietário da abastecedora, ao chegar a Pelotas, na BR 116, o maior dos entraves. Caminhoneiros impediram a passagem do veículo, o que só foi resolvido devido à intervenção de agentes da Polícia Federal que fortemente armados abriram caminho.
- Foi difícil chegar aqui. Não sei se conseguiremos outro carregamento e o que foi trazido acredito que não seja suficiente para um dia – disse Borges, contando ainda que ameaças foram feitas ao motorista.

A empresária Karina Farias, que atua no ramo, disse que  em um dos postos da família há uma reserva de gasolina que pode ser considerada insignificante, apenas 200 litros, para a frota da prefeitura e para a viatura da Brigada Militar e, com a mesma finalidade, 1.500 litros de óleo diesel, o que diante da volta às aulas que ocorrerá na próxima segunda-feira, pouco resolve.

No outro posto da mesma empresa localizado na Maurício Cardoso, além da gasolina, o diesel também já terminou.

No setor supermercadista, já é possível sentir o problema. Segundo a empresária Márcia Weege, ontem, quarta-feira, não havia frutas. O estoque do supermercado foi reabastecido nessa manhã.
- Há uma grande disputa pelos alimentos na CEASA em Pelotas. Todos correm para garantir os produtos – relata.

Pela expectativa e experiência da empresária, se os protestos continuarem por mais cinco dias alguns alimentos começarão a faltar.
- Farinha, ovos, leite e tomate fazem parte desta lista – alerta.

E os preços já começaram a subir. O quilo do tomate saltou de R$ 3.15 o quilo pra R$ 3.95. O ovo em sua versão solta, já está R$ 5.40 a dúzia e o embalado, R$ 6.30.

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