quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Cevada têm quebra que ultrapassa 60% em Piratini

Quarta-feira-11 de fevereiro
Muita chuva e aumento na umidade ocasionaram a quebra na safra em 2014
Em sete anos, seis são bons e um é ruim. É no que os mais “antigos” produtores de diferentes culturas acreditam quando se refere ao clima ideal para o desenvolvimento das lavouras.

O ditado não foi abandonado pelo jovem produtor e empresário Willian  Westerman, que o usa para avaliar 2014, péssimo para as lavouras de cevada e que provocou uma quebra de 60% na produção dos  em 1.500 hectares plantados, 75% deles em Piratini, e o restante em Hulha Negra e Canguçu.

Willian registra que no ano passado, a empresa de armazenamento da família recebeu em seus silos 3.800 toneladas do produto, e agora apenas 1.880, sendo que destas, apenas 1.100 são cervejeiras, passíveis de serem vendidas para a AMBEV e usadas para a confecção de cerveja.
- O restante é forrageira, que se transforma em ração, por exemplo, por terem ficado fora do padrão de qualidade, com grãos pouco desenvolvidos e com índices de microtoxinas acima do que é permitido pela Anvisa, que limita o processamento para que o grão seja transformado em alimento para o consumo humano – explica o produtor.

A causa do aumento de fungos na planta, por exemplo, foi o clima. Um ano atípico com muito mais chuva no inverno e bastante umidade, o que limita a quantidade de luz necessária para a planta se desenvolver.
- Com o tempo assim não foi possível entrar na lavoura para combater as pragas na hora certa. Isso teve um impacto na germinação e fez com que os fungos viessem juntos na hora da colheita levando ao descarte do grão – amplia.

Para a economia do município a partir das lavouras, a cevada não tem um impacto como a soja, que é distribuída em 30 mil hectares pelo município, mas, obviamente, representa um prejuízo que precisará ser pago pelo produtor.
- Para nós, ela não está no topo do faturamento, mas, há um custo do plantio que não se conseguiu pagar, na sua maioria semente, ureia e adubo que são à base da lavoura. De algum lugar esse recurso vai ter que sair, assim, parte do lucro da soja já fica comprometido para sanar estas dívidas – conclui.



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