sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Mãe reclama do transporte escolar no interior


Sexta-feira- 08 de agosto
Chuva em excesso, maquinário sucateado, imensa extensão territorial e ao que depoimentos indicam, também certa falta de consideração  com os estudantes, alguns deles desde a madrugada nas paradas de ônibus esperando o transporte escolar.
 Estes são alguns dos fatores, ao menos citáveis, que acabam por muitas vezes prejudicando o bom andamento do ano letivo enquanto conteúdo nas escolas Adão Preto e Vieira da Cunha, educandários do 5º distrito de Piratini, que funcionam na mesma estrutura predial.
Ao protestar com toda a razão, Rosalete Lopes da Silveira, 47 anos, (foto) mãe de dois estudantes que muitas vezes aguardam em vão o transporte à beira da estrada, não tem noção de que o caso dos filhos dela nem se compara a tantos outros muito piores como o de José Augusto, morador do segundo distrito, que pula da cama às 03 h da madrugada para meia hora depois estar pronto a acessar o transporte e assim a rotina colegial.
Mas Rosalete reclama:
- Há épocas em que meus filhos e outros vão no máximo dois dias à aula. O transporte não passa, ou cruza fora do horário, é uma bagunça – dispara a mãe indignada.
Ela conta que agora, devido ao péssimo estado da estrada do Passo do Sabugueiro,  o motorista que conduz a linha decidiu não mais fazer o trajeto por falta de segurança.
As preocupações da mãe são com a qualidade do que é ensinado e assimilado ou não pelos alunos.
- Perda de aula, de conteúdo, da explicação como um todo. Outro dia, quando houve uma prova de matemática, meu filho foi até o asfalto para pegar o transporte privado e chegou às 10h no colégio, quando as aulas começam 07:30. Ele, por não ter assistido com frequência o ensinado, foi mal no teste.

O que diz a diretora:
A diretora da Escola Adão Preto, Sandra Joanol, admite as dificuldades geradas pelo transporte, mas, afirma que além de registrar em ata a falta do aluno junto à justificativa, o que permite a ele não perder o ano por falta de assiduidade, em dias em que muitos estudantes faltam não é dado novo conteúdo e sim, uma fixação da matéria já repassada.
- A situação é complicada. Há dias em que temos 15 alunos em sala de aula quando o certo seria entre 35 e 40. Mas eles não podem sair prejudicados- disse.

A versão da Diretora de Educação
Falando em nome da Escola Municipal Viera da Cunha, a diretora de educação, Rosana Maneti, reconheceu o problema, disse que além do abono das faltas por este motivo, há ainda uma orientação para que os mestres repassem a matéria aos faltantes, mas, que pode ocorrer ao contrário e, se assim for, providencias são tomadas. 
Quanto à decisão do motorista em não fazer o trecho da linha citado na matéria, Rosana disse estar ciente e, que isso só ocorre quando realmente não há como trafegar.

- Não depende somente de nós, mas, também, da Secretaria de Infra Estrutura e Logística – falou.

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