Sexta-feira-25 de julho
Para não ficar sem o líquido, água da chuva foi a saída |
A chuva
registrada até ontem, quinta-feira, foi o alento para algumas das dezenas de
famílias que residem no Passo da Caneleira e não possuem um poço artesiano no
quintal de casa. Com a precipitação foi possível ao tirar as tampas das caixas d’água,
encher as mesmas e usar essa água para consumo próprio, preparo das refeições e
higiene pessoal.
Nesta sexta-feira,
25, e, depois de 19 dias, o caminhão pipa da Prefeitura de Piratini que até ter
problemas mecânicos fazia o trabalho de abastecimento dos reservatórios duas
vezes por semana, retornou para a satisfação dos usuários
desamparados.
Situado a um
quilômetro e meio do princípio do perímetro urbano, o problema ocasionado pela
ausência de tubulação da Companhia Rio-grandense de Abastecimento, (Corsan), já
ultrapassa uma década e meia e foi se agravando com o crescimento da vila.
Com dois
filhos, de 02 e 03 anos, a desempregada Vanessa Sampaio, 24 anos, já há sete sente na pele a falta do líquido. Para
ela, a chuva foi à saída que veio dos céus.
- Juntei água
de uma goteira que tem na casa e dei para as crianças, mas, também aproveitei
pra encher a caixa d’água – relata Vanessa que continua:
- No verão é
muito pior. No ano passado faltou água para todos no natal só retornando após o ano novo- recorda.
Para ela, quando
os grandes períodos sem o líquido passam a vigorar, a água que escorre por
debaixo de uma ponte um tanto distante dali, é a saída para lavar roupas.
Em 2013 a
prefeitura fez tentativas para descobrir água perfurando o subsolo, o êxito não
foi alcançado e o drama dos residentes teve continuidade.
Segundo o
secretário de urbanismo e serviços públicos Carlo Miguel de Ávila Porto, tanto
Corsan quanto prefeitura, já caminham para em breve estender a rede hidráulica
até o bairro e, detalhes sobre o projeto serão revelados na próxima semana.
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