sexta-feira, 25 de julho de 2014

O drama de quem mora no Passo da Caneleira

Sexta-feira-25 de julho
Para não ficar sem o líquido, água da chuva foi a saída
A chuva registrada até ontem, quinta-feira, foi o alento para algumas das dezenas de famílias que residem no Passo da Caneleira e não possuem um poço artesiano no quintal de casa. Com a precipitação foi possível ao tirar as tampas das caixas d’água, encher as mesmas e usar essa água para consumo próprio, preparo das refeições e higiene pessoal.

Nesta sexta-feira, 25, e, depois de 19 dias, o caminhão pipa da Prefeitura de Piratini que até ter problemas mecânicos fazia o trabalho de abastecimento dos reservatórios duas vezes por semana, retornou para a satisfação dos usuários desamparados.

Situado a um quilômetro e meio do princípio do perímetro urbano, o problema ocasionado pela ausência de tubulação da Companhia Rio-grandense de Abastecimento, (Corsan), já ultrapassa uma década e meia e foi se agravando com o crescimento da vila.

Com dois filhos, de 02 e 03 anos, a desempregada Vanessa Sampaio, 24 anos, já há  sete sente na pele a falta do líquido. Para ela, a chuva foi à saída que veio dos céus.

- Juntei água de uma goteira que tem na casa e dei para as crianças, mas, também aproveitei pra encher a caixa d’água – relata Vanessa que continua:
- No verão é muito pior. No ano passado faltou água para todos no natal só retornando após o ano novo- recorda.

Para ela, quando os grandes períodos sem o líquido passam a vigorar, a água que escorre por debaixo de uma ponte um tanto distante dali, é a saída para lavar roupas.
Em 2013 a prefeitura fez tentativas para descobrir água perfurando o subsolo, o êxito não foi alcançado e o drama dos residentes teve continuidade.

Segundo o secretário de urbanismo e serviços públicos Carlo Miguel de Ávila Porto, tanto Corsan quanto prefeitura, já caminham para em breve estender a rede hidráulica até o bairro e, detalhes sobre o projeto serão revelados na próxima semana.

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