sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Enxurrada castiga Bairro Sinuelo em Piratini


Quem reside ao longo do principal acesso ao Bairro Sinuelo, cortado pela Sanga da Ernesta, vala urbana por onde escoa boa parte do esgoto pluvial produzido na parte alta da cidade,  não vislumbra nem mesmo a médio  prazo, um aumento na qualidade de vida.
Inverno e verão, transtornos, mosquitos, exposição às doenças e uma boa dose de indignação com as administrações municipais ao longo da história política de Piratini, que não tentam de fato mudar o cenário fétido do bairro.
Os 35 milímetros de chuva de ontem, serviram apenas para reescrever um mesmo capítulo em que os transtornos, a lama e a sujeira, não necessitam de convite para se fazer presentes.

Na esperança de ver uma atitude concreta tomada pela Prefeitura de Piratini, ou ao menos tornar público através da imprensa o problema novamente enfrentado, a funcionária pública Vera Lúcia Lopes (foto acima e a beira da vala), chamou nossa reportagem para falar do drama vivido na tarde de ontem e que foi registrado pelo celular de uma vizinha.
-Desde que me mudei pra cá, já vi várias enchentes, mas ontem foi demais.  Precisamos que a prefeitura canalize a sanga, mas como alegam que é burocrático, dependem de várias licenças ambientais e todos os projetos que fazem nunca dão certo, ao menos que construam um pontilhão e, por baixo dele, passaria toda a água da chuva-  requisita a moradora, que viu cerca de 30 centímetros d’água cercarem sua casa construída ao lado da sanga.
Mas para ela, mesmo com a obra realizada, o problema não acabaria.
- Uma parte da tubulação por onde o esgoto e a água da chuva são escoados, passa debaixo de minha casa. Tenho medo e há dois anos peço que o desvio seja feito, mas até agora nada – reclama a funcionária pública, que garante já ter tratado do assunto com o atual prefeito e que este alegou ser o local inadequado para a construção, por ser área de risco, portanto a casa de Vera ali não deveria ter sido construída.
Susto maior com a chuva de ontem passou a aposentada Ieda dos Passos Goularte, (foto acima e á esquerda)moradora da Antônio Viera Guimarães, esquina com a 15 de Dezembro.
Com sua residência construída no nível da rua, se tornou alvo fácil para a enxurrada que transcendeu os limites da sanga e rumou para os cômodos, obrigando a ela,  amigos e até vizinhos serem ágeis para evitar um prejuízo maior.
- Neste doze anos que moro aqui, essa foi à terceira vez que a água invadiu. Precisamos da canalização urgente – disse.
Na Djalma Madeira Antunes, Bairro Santa Isabel, a doméstica Marivone Carvalho também se desdobrou junto aos demais membros da família para não perder a mobília. Neste caso, uma pedra, motivo que faz a doméstica lutas há anos junto a prefeitura para a extração, colabora para que as enxurradas invadam a residência.
Em contado com a prefeitura, ouvimos através do diretor de serviços urbanos, Fábio Fetter, que o secretário da pasta, Carlos Miguel Ávila Porto, começou o estudo para instalar um bueiro quadro para o  local, espécie de tubulação que possibilita uma vazão bem maior que a atualmente existente.



2 comentários:

  1. Não foi a primeira e nem será a última enchente na Sanga da Ernesta, desde que me conheço por gente acontece isso, mas o que fazer se a burocracia é mais importante que a saúde e os bem materiais das pessoas que ali moram! Só não entendo por que antes podia canalizar a Sanga e agora não pode mais, pois ela é canalizada desde a rua de cima no centro e quando chegou ali parou! Lembro-me de quando um certo "politico" fez campanha, prometendo aos moradores daquela região fazer a canalização, que na época "só não tinha sido feita por que o partido que ali estava governando não queria fazer", pois bem o político se elegeu e nada fez... Fica a pergunta porque?
    Quem morra ali sabe de quem estou falando!!!

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  2. ta na hora da prefeitura apresentar um projeto para CANALIZAR a Sanga --- hum nao tem DINHEIRO ? mas pra criar mais uma secretária e pagar o secretário tem ?

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