segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Tomate é o grande vilão na volta da inflação



Donas de casa buscam alternativas para substituir a fruta
Os tempos difíceis provocados pela inflação ameaçam retornar ao país e, segundo números e dados divulgados pelos institutos e fundações especializados em economia, o tomate é apontado como o principal item entre os hortifrutigranjeiros que impulsiona e indica o possível retorno da grande vilã.

Há dois anos, quando o preço da carne disparou para não mais retornar aos padrões aceitáveis ao bolso, as verduras, frutas e legumes eram a saída para manter a qualidade e o sabor nas refeições das famílias brasileiras. Mas quase ao mesmo tempo, cebola, alface, batata, banana e o tomate, deixaram as donas de casa sem opções e salvo as devidas proporções, levar um ou outro, hoje  sai seis por meia dúzia.

Na semana passada, a fruta da variedade paulista ultrapassou a marca dos R$ 6.00 o quilo em Piratini e no noticiário nacional, foi apontado, após alta de 800%, como o fator preocupante economicamente falando.

O supermercadista, Marcos Weeg, aponta o clima impróprio para o desenvolvimento e qualidade da fruta, como o motivo para o preço ter disparado muito acima da inflação.
- Tempo ruim, tomate caro. Em São Paulo, muita chuva, no Rio Grande do Sul, praticamente não produzimos o nosso tomate, o gaúcho, por causa do fim do verão com seca e início de outono com geadas. É um produto extremamente perecível e como vem de São Paulo, metade da carga em viagem apodrece e aí o preço sobe – explica Weeg.

O comerciante lembrou que nessas condições comprou tomate na CEASA, Pelotas, há R$ 4.80 o quilo numa segunda-feira e, já na sexta, depois de quatro dias sem frio e chuva, o preço caiu para R$ 2.20.
- Depende muito como tá o tempo e o clima naquela semana. Há quatro anos não subia assim. Em 2011, vendemos o quilo do tomate por menos que cinquenta centavos – relembra Marcos, percebendo que o preço alto tem refletido direto nas vendas.
- A dona de casa que até então vinha e comprava um quilo, hoje pega meio quilo e completa o molho com  extrato, com uma polpa derivada dele. A queda nas vendas é imediata – reclama.

Em situação parecida, está a cebola, maior fonte de economia do município de São José do Norte, que segundo Weeg, teve queda enorme na produção, a batata e o alface, que também está vindo de São Paulo, sujeita a deterioração e consequentemente o aumento do preços. O pé do alface gira em torno de R$ 1.15 e cada vez mais se distancia da mesa dos brasileiros.

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