terça-feira, 21 de agosto de 2012

Novas bancas: reclamações e empregos na área central



Moradores entendem que centro histórico está sendo  atingido

Na Gervásio, em breve cinco novas bancas
A liberação pela Prefeitura de Piratini para que estreantes e comerciantes já inseridos na informalidade erguessem suas bancas na Rua Gervásio Alves, ao lado do colégio Inácia Machado da Silveira, tem ocasionado reclamações de alguns moradores da rua que descontentes com a transformação da via e sua estética, procuraram o Eu Falei.
- Nossa rua é bonita, calçada, com canteiros centrais, mas  agora temos que conviver com um novo camelódromo. Achei horrível, entendo que todos precisam trabalhar, mas a prefeitura vai liberar em todo centro agora? – questionou uma moradora, que para não se indispor com os novos vizinhos requisitou anonimato.
- Eu lamento porque nosso centro histórico tá começando a se parecer com Pelotas. Para o lado que tu olha tem camelô vendendo. Aqui tá tudo sem padrão, uma banca de um jeito e a outra de outro. Nem se tivesse padronizadas eu gostaria de vê-las montadas na rua onde moro - opina outro residente da Gervásio.

No prolongamento da Rua Osvaldo Aranha, onde há dois anos duas bancas foram a autorizadas a se instalar ao lado de um trailer já existente, as reclamações não são menores.
- Outro dia flagrei um homem ao telefone vendendo drogas. Ouvi toda a conversa da negociação e ele estava escondido entre as bancas, pois a rua é escura e facilita também para usarem como banheiro. O cheiro de urina é forte. Esta cidade é histórica mas vão encher ela de barraquinhas já tendo um camelódromo - reclama uma das vizinhas às bancas que impediu, ao reclamar na prefeitura, que uma outra fosse ali instalada.



                O lado de quem sobrevive da função
Barbeiro investiu cinco mil reais
Para Colmar Goetzke Ferreira, 48 anos, a autorização concedida pela prefeitura significou o adeus ao aluguel pago religiosamente todo mês e que reduzia o lucro da barbearia mantida por 13 anos na Avenida Maurício Cardoso, a metros do futuro endereço.
 - Agora to tranquilo pra minha aposentadoria quando chegar a hora. É o último mês que pago os R$ 256.00, do aluguel – comemora o barbeiro à janela do novo pequeno salão que teve um custo de cinco mil reais.

Logo ali, Gábia Lopes, 23 anos, aguarda junto ao marido, Joel Gonçalves,28, o final da pequena loja construída em madeira e ainda em formato rústico.

Em breve, a família espera que o comércio de artigos esportivos comprados em São Paulo, possa quem sabe um dia, significar a independência. Eles já haviam  tentando se instalar na Osvaldo Aranha, mas segundo o casal, o descontentamento dos comerciantes mais antigos mudaram os planos.

Jorge deixou de pagar aluguel
Em breve, estão previstas mais três bancas para o local, que conforme informações, comercializarão artigos de artesanato, de correaria e uma terceira com produtos importados em geral.

Sossegado e a espera da clientela, que segundo ele garante líquidos mil reais mensais, Jorge Dutra, 50 anos, é outro barbeiro que está feliz com o local de trabalho.
Na parede, ajeita o quadro onde abriga alvará, documento que o autoriza a funcionar  na Osvaldo Aranha e, pelo qual paga pouco mais de trinta reais por mês.


Das bancas, dupla tira o sustento
- Eu estou nesta profissão há 13 anos, tive barbearia em outros dois endereços e o custo do aluguel era de um salário mínimo. Agora fico tranquilo. Essa aquisição foi tudo, o grande passo na minha vida – avalia o barbeiro, instalado há quatro meses na construção do tipo chalé e que teve como custo R$ 2.500,00.

Quando o movimento tá calmo, Jorge troca uma ideia sobre todos os assuntos com o vizinho mais novo em idade, mas há mais tempo no local.

Colmar Duarte, 48 anos, é uma das vítimas do êxodo rural e quando o trabalho no campo e no quinto distrito não garantiu mais o sustento, correu para a cidade e, em 2008, investiu R$ 5.000,00 para construir sua banca e da venda de brinquedos e outras variedades reequilibrar o orçamento familiar.
- Um mês dá outro não. Pra ajuda eu ainda faço uns biscates aos fins de semana. É a minha luta honesta pra sobreviver. Sei que alguns reclamam, mas entendo que não tiramos espaço e nem incomodamos ninguém – disse o comerciante.




5 comentários:

  1. essa moradora que reclamou no minimo nao trabalha não tem oque fazer , isso ai ta dando mais movimento pra aquelas ruas que são uma merda

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  2. essa, pessoa q reclamou deve procurar algo pra faser e deixar essas pessoas trabalhar, e ganhar seu pão de cada dia...desejo sucesso a eles em particular ao meu amigo Colmar.

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  3. Quem reclamou pelo local onde as bancas estão localizadas, deve ser quem perdeu de explorar o Sr Colmar todos os meses . Porem realmente o loteamento urbano com as bancas de camelos tem de passar por uma seria reformulação da Prefeitura, primeiro tem de padronizar todas as bancas bem como centralizar todas em um unico local, ou isso vai virar um samba do piratiniense doido. Trabalhar todos precisam mas vamos ter um pouco de responsabilidade, e a prefeitura promete desde 2004 quando eu era assessor do Gabinete fazer um banheiro no atual camelodromo do lado da Ponche Verde nem isso eles ainda fazem e na época justificaram que ñ podiam fazer pq o IPHAI ñ permitia, agora em ano comodo para distribuir alvaras eles podem tudo. Por favor neh.. mas isso é reflexo de uma Câmara de Vereadores cada vez mais decadente, inexpressiva e despreparada.

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  4. Moradores q reclamaram, certamente não trabalham, essas bancas vão trazer movimento para essa rua q não passa ninguém além de moradores... Eu apoio todos q qrem trabalhar, e montar seu negócio, q Deus ajude vocês e q dê tudo certo...Seu Colmar, uma pessoa muito querida com todos, Boa sorte pro senhor pq o senhor merece!

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  5. Um morador tem direito de não querer uma banca em frente ao seu comércio não é mesmo? Todos sabemos o que junta atrás dessas bancas. Concordo, que assim como na rua lateral da ponche verde, tenha bancas na lateral da inácia, mas sem colocar bancas em frente de residências.

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