sexta-feira, 29 de junho de 2012

Estiagem está alterando e dando gosto à água em Piratini


Arnaldo usa líquido somente para limpeza
A longa estiagem registrada em Piratini, cidade onde não caem fortes chuvas desde novembro, vem provocando uma mudança nos procedimentos realizados na água pela Estação de Tratamento da Corsan e o líquido que ao menos deveria ser insípido, inodoro e incolor, sem gosto, sem cheiro e sem cor, está com parte de suas características básicas.
A alteração já foi sentida por consumidores em todos os extremos da cidade e esta semana o morador do Bairro Getúlio Vargas, Arnaldo dos Passos, expos na imprensa seu descontentamento com o gosto salgado que sente ao beber o líquido.
- Todos os vizinhos estão com a mesma reclamação. Quando você bebe sente um gosto de sal e minha esposa disse que até as roupas, mesmo usando produtos para tirar o cheiro, estão ficando com o odor ruim. Aqui em casa usamos somente para lavar a louça e restante da limpeza, para nosso consumo estamos comprando e bebendo água mineral – contou o morador do BGV.
Arnaldo opina que a situação geográfica do bairro, mais baixo com relação ao restante da área urbana, pode estar influenciando neste sentido, o que não deve ser desconsiderado conforme as informações que obtivemos.
Segundo a gerente da CORSAN local, Jane de Castro Silveira, as alterações percebidas são ocasionadas pela estiagem prolongada, porque aumenta a formação de algas e faz com que a companhia adicione uma quantidade maior de produtos químicos à água, o que proporciona o gosto atípico

Daniel garantiu qualidade da água
Estivemos na estação de tratamento conversando com Daniel Dasso Gautério, agente de tratamento de água e esgoto e responsável pela estação, que ampliou a justificativa.
- Estamos no inverno tratando uma água com temperatura característica de verão. A estiagem impediu as enxurradas, situação que oportuniza uma limpeza natural da água nos levando a aumentar a adição de cloro e a mudança no padrão para quem a consome, que pode ser mais sentida em determinadas regiões da cidade e menos sentida em outras – explicou Daniel.
 O agente assegurou que são realizadas duas coletas semanais para análise laboratorial e que os resultados asseguram os padrões estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
- Garanto que toda água que sai daqui pode ser consumida tranquilamente pela população e que os produtos que colocamos não fazem mal à saúde –.


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