quinta-feira, 17 de maio de 2012

Filha relata drama vivído pela mãe em falso seqüestro



Foto Ilustração
O golpe é velho, se tornou corriqueiro inclusive nas pequenas cidades e pelo conteúdo usado ao telefone capaz de convencer a vítima até mesmo de que naquele exato momento da ligação ela está sendo observada, deixa claro que quem o pratica tem o talento para manipular as palavras e extrair informações.
O falso seqüestro mesmo com tantos alertas feitos pela mídia continua fazendo vítimas.
Era pra ser apenas um final de semana tranqüilo para comemorar o dia das mães, mas tornou-se um drama para uma família piratiniense que atualmente reside em rio grande e veio à cidade para passar a data junto à avó no Cerro do Sandin.
Com 50 anos e hipertensa, a mãe que atendeu a maioria das ligações em que do outro lado da linha estava um bandido carioca praticando o terrorismo psicológico, não quer falar sobre o que passou deixando a missão para a filha de 22 anos usada pelo golpista como seqüestrada e que no momento do fato estava trabalhando em uma concessionária e sem acesso ao celular, portanto sem contato com a família.
Leia abaixo o relato feito com exclusividade ao blog eu falei.
O início do drama- a primeira ligação foi atendida por meu pai que também é hipertenso e tem 55 anos. Logo a seguir, as demais foi minha mãe e ela ouviu uma mulher pedindo socorro e do bandido o preço para me libertar: dez mil reais.
A partir daí, ele aterrorizava a fazendo pensar que estava sendo observada. Perguntava por que ela estava andando rápido e dizia que minha mãe estava acompanhada de mais duas pessoas, meu pai e meu irmão e os locais onde ela entrava e saía.
Acho que na verdade, por eles serem bons no que fazem, levaram ela imaginar essas situações e acredito e o delegado também, que minha mãe mesmo sem se dar conta forneceu essas informações a ele.
Pagamento do resgate- não dispomos esse dinheiro em conta, pois somos pessoas simples e o que temos é fruto de economias.
 Como o banco só permite o saque até mil reais, foi o que minha mãe acabou depositando na conta do bandido.
Trauma familiar- eu morava no rio de janeiro onde era casada e como recentemente me separei e foi um processo conturbado com ameaças por parte de meu marido, o que abalou minha família acredito que isso acabou colaborando para que minha mãe se deixasse levar.
Ela pouco quer falar da situação e neste momento para ela o que importa é estarmos todos bem- finaliza.
Polícia recupera dinheiro- após o depósito e em pânico, a mãe extorquida entrou na DP de Piratini pedindo ajuda à polícia contando que sua filha havia sido seqüestrada. Foi acalmada pelo titular Paulo costa que a convenceu do golpe.
Imediatamente os policiais fizeram contato com a agência e posteriormente com justiça e conseguiram bloquear e retirar da conta do bandido o valor depositado que agora será devolvido.
- São pessoas bem preparadas, sabem o que falar e extrair dados das vítimas que entram em pânico e sem se dar conta fornece informações – disse o delegado Paulo costa frisando que nesta hora é preciso manter a calma, não dar nomes e principalmente acionar a polícia o mais rápido possível.



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